
A plataforma A22 - que reune coletivos ibéricos -foi criada com o propósito de combater o flagelo consequente da introdução de portagens na Via Infante de Sagres (A22).
Na sua segunda reunião, realizada no passado dia 27 de novembro em Ayamonte (Espanha), o coletivo revelou que prepara novas ações de luta, entre as quais uma que inclua a Ponte Internacional do Guadiana.
Esta plataforma prepara entretanto as reuniões que irá solicitar ao Presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve, Jorge Botelho, e ao Secretário-geral do PS, António Costa, no sentido de conhecer as suas posições face às portagens naquela via e quais as propostas para minimizar e mesmo erradicar os impactos negativos que tem tido na economica transfronteiriça.
Para já, e incluido nas linhas de ação da plataforma, foi agendado um almoço, a realizar no dia 13 de dezembro, para o qual serão convidadas forças políticas e outros coletivos, empresariais e sociais, sediados nas regiões do Algarve e da Andaluzia.
A plataforma A22 é formanda pela Comissão de Utentes da Via do Infante, pelo Bloco de Esquerda, do lado Português, e as forças políticas Podemos e Izquierda Unida, do lado Espanhol, tendo sido formalmente constituida e apresentada aos órgãos de comunicação social nesta segunda reunião.
Com o propósito de lutar pela suspensão das portagens na A22, pressionado as autoridades Portuguesas e Europeias, com a ajuda das autoridades espanholas, o coletivo ibérico fez ainda um apelo claro à ação ativa, concertada e mais alargada possível no sentido de acabar com as portagens naquela via.
O recém formado coletivo foi conclusivo em afirmar que as perdas de cerca de 50% no número de visitantes espanhóis, no ano de 2013, à região do Algarve e os prejuízos na ordem dos 30 milhões de euros, na província de Huelva e na região do Algarve, devem-se às portagens na Via Infante de Sagres (A22).