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Despedimento colectivo de 310 trabalhadores da Groundforce: Bloco questiona Governo

 

De acordo com as notícias veiculadas na comunicação social, a Groundforce Portugal, empresa de handling, pretende encerrar a unidade que detém no aeroporto de Faro, decisão que terá como consequência o despedimento colectivo de todos os trabalhadores, num total de 310 (dados disponíveis no sítio da internet, referentes a Março de 2010).

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) e o Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos (STHA), nenhuma comunicação foi previamente divulgada, não obstante a empresa assumir «nos princípios estruturantes da sua acção o respeito pelos trabalhadores».

Das 150 companhias aéreas a quem presta serviço, 18 fazem escala no aeroporto de Faro, onde anualmente têm lugar cinco milhões de transferências de passageiros, pelo que importaria conhecer quantas empresas detêm contrato de prestação de serviços com a base da Groundforce Portugal daquele aeroporto.

A estrutura accionista da Groundforce Portugal é constituída pela TAP SGPS, holding detentora da Companhia Aérea de Bandeira Portuguesa (59,9%) e pela sociedade Europartners (50,1%), pelo que não pode o Governo estar alienado das deliberações da administração da empresa.

Esta situação merece a maior das preocupações por parte do Bloco de Esquerda, tanto mais grave quando ocorre numa região já tão fustigada pelo desemprego e na sua génese está o plano de austeridade delineado pelo Ministério das Finanças, no âmbito do Orçamento do Estado para 2011. Considerando as notícias vindas a público, na origem da decisão de encerramento da base de Faro, está a derrapagem financeira da empresa, na ordem dos 12 milhões de euros no primeiro semestre de 2010. 

Veja aqui as perguntas ao Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações e aqui as perguntas ao Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social.