
Cecília Honório exigiu explicações do governo sobre os cortes de mais de 30% no apoio às estruturas artistas sediadas nas regiões do Algarve e Alentejo.
O Bloco de Esquerda tomou conhecimento, na audição ao secretario de estado da Cultura, na reunião da Comissão de Educação e Cultura que teve lugar no dia 14 de Novembro, que a distribuição territorial do investimento da Direção Geral das Artes entre 2011 e os concursos anunciados para este ano, colocam o Algarve e o Alentejo no fundo da lista das regiões apoiadas, com cortes de 35,7% e 32,8%, respetivamente.
Esta situação levou a deputada do Bloco, Cecília Honório, a questionar o governo sobre quais as razões desta “redução inexplicável” do investimento da DGArtes para as estruturas artísticas do Algarve e Alentejo e a sua possível, e consequente, extinção.
O Bloco de Esquerda entende que a visão do país do novo secretario de Estado da Cultura, em que apenas no centro e na capital existe uma rede profissional de estruturas e artistas, é perigosa e “relega o resto do país para um deserto cultural dependente da produção central”, afirmou a deputada do Bloco.
Na referida audição, o Bloco de Esquerda soube ainda que o corte de 43% do investimento nos concursos de 2009 e 2011 é um dado “institucionalizado” e que o novo modelo coloca os apoios tripartidos como elemento central da politica de investimento público da DGArtes. Para o Bloco estas medidas são “dois erros” que se irão revelar de uma enorme imprudência governativa dado o momento de absoluta fragilidade financeira das estruturas e artistas.
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