O Bloco de Esquerda questionou o Governo acerca do previsto encerramento na região do Algarve de 4 balcões da Caixa Geral dos Depósitos (CGD).
Os deputados bloquistas Moisés Ferreira e João Vasconcelos querem saber se a administração do banco público realizou algum estudo que sustente o encerramento no Algarve de 4 balcões, e em que pressupostos assenta tal estudo.
No Algarve, a CGD pretende encerrar balcões localizados nos concelhos de Faro, Lagos, Portimão e Vila Real de Santo António, situação que segundo os parlamentares do Bloco reduz a presença do banco público no território nacional e limita às populações o acesso a serviço públicos bancários.
No decurso do mandato do Governo PSD/CDS-PP encerraram mais de 100 balcões da CGD, não sendo admissível ao banco público pautar a sua atuação da mesma forma que um banco privado, dado estar sujeito a obrigações acrescidas, sobretudo para com as populações.
A CGD deve estar presente em todo o território e garantir o acesso a serviços bancários a toda a população, designadamente aquela que de outra forma não pode aceder a estes serviços, seja pelo pouco domínio das tecnologias da informação, seja porque tem dificuldades na deslocação a locais mais distantes.
Os balcões que a Administração da CGD pretende encerrar no Algarve - Gambelas na freguesia do Montenegro, concelho de Faro, Ameijeira, no concelho de Lagos, Quinta do Amparo, no concelho de Portimão, e em Monte Gordo no concelho de Vila Real de Santo António - atendem um considerável número de clientes particulares e acompanham muitas pequenas e médias empresas, não sendo atendível a intenção de encerramento destes balcões e a deixar espaço que poderá ser ocupado por bancos concorrentes.
O Bloco considera que esta intenção deve ser revertida em prol da defesa das populações, do interesse e serviço público, e em nome da CGD que deve manter-se como o principal banco a operar em Portugal.