
No dia em que o mundo da cultura nacional se manifestou nas cidades de Lisboa e do Porto, também em Faro muitos artistas, técnicos e outros profissionais da cultura algarvia, do teatro, à música clássica e jazzística, se manifestaram frente à icónica fachada do Teatro Lethes.
A maioria dos presentes eram artistas informais, sem contratos assegurados, ou que o confinamento e a anulação ou a suspensão de grande parte dos espectáculos e projectos os forçou a ficar sem trabalho e sem qualquer remuneração. Mas também lá estiveram profissionais com o “privilégio” de terem o presente mais ou menos assegurado, mas que se solidarizaram e querem ajudar a mudar o panorama da cultura portuguesa.
O protesto teve como finalidade principal reivindicar ao governo e à ministra da cultura uma atenção séria sobre a situação dramática que o sector está vivendo, e que, de uma vez por todas, se comece a pôr termo à permanente negligência, quando não desprezo, dos sucessivos governos.
A abrir as intervenções de vários dos artistas presentes, falou a cantora Viviane que leu o manifesto nacional “Parados, calados não!”, que sintetiza os principais objectivos e reivindicações que levaram às manifestações hoje realizadas.
Nas intervenções havidas foi realçada a importância de fazer das fraquezas deste período de pandemia e de penúria económica a força da vontade para resistir e para continuar, em conjunto e em unidade, uma luta que não desista de alcançar efectivas medidas governamentais de compensação pelos rendimentos perdidos e de garantias de trabalho assegurado e com direitos. E que, entre outras medidas, permita consagrar que os futuros Orçamentos de Estado passarão a destinar o sempre ansiado 1% para a área da Cultura.
Faro, 04/06/20
Vítor Ruivo
Veja fotos da concentração:
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