De acordo com uma denúncia local, na freguesia do Rogil, concelho de Aljezur, funciona uma pedreira (extracção, processamento, entreposto de lavagem e depósito de inertes) situada em plena Reserva Agrícola Nacional (RAN) e junto de habitações, o que já de si significa impactes graves para o ambiente e a qualidade de vida dos residentes.
Mais grave se torna esta situação quando esta pedreira (designada por Pedreira Américo Jesus Viegas) incumpre com a legislação ambiental, seja pela realização de ruídos acima dos limites e fora dos horários permitidos, a emissão de poeiras sem a devida protecção, a contaminação dos solos, corte das linhas de água e interferência com o aquífero, como pelos danos irrecuperáveis causados na biodiversidade local. Além disso, verifica-se a extracção de inertes fora dos locais autorizados e um excessivo depósito de areias, provenientes de outros locais, dentro da própria pedreira. Neste sentido, o Bloco de Esquerda questiona o Governo, através do Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território (MAOT) e do Ministério da Economia, Inovação e Desenvolvimento (MEID), sobre se tem o Ministério conhecimento dos graves impactes ambientais causados por esta pedreira, nomeadamente por incumprimento da legislação aplicável? Considera o Ministério justificável que se autorize o funcionamento de uma pedreira numa área de RAN e junto a habitações? Que acções de fiscalização e monitorização tem o Ministério desenvolvido junto desta pedreira e quais os seus resultados? Vai o Ministério reforçar essas acções de fiscalização? Veja aqui as perguntas ao MAOT e ao MEID.