Neste momento está a acontecer um massacre em Gaza e ninguém pode ficar indiferente.
O Governo de Israel decidiu, uma vez mais, lançar uma ofensiva militar contra a faixa de Gaza e, no início dos confrontos, antecipava-se que este seria mais um capítulo de crimes contra o povo palestiniano. O facto comprovou-se com a ofensiva terrestre que, ignorando apelos vindos de todo o mundo, veio aumentar o número de mortos – mais de um milhar de vítimas do lado Palestiniano - a destruição de casas e de infraestruturas básicas e indispensáveis à sobrevivência das populações da faixa de Gaza.
Por todo o mundo, milhões de cidadãos levantam a sua voz em solidariedade com o povo de Gaza, exigindo a Israel que pare com o massacre que vitima, principalmente, a população civil e, entre esta, um grande número de crianças e de mulheres.
A Comissão Coordenadora Distrital do Algarve do Bloco de Esquerda junta-se a estas vozes para apelar ao fim da agressão criminosa contra o povo palestiniano, ao fim do bloqueio e à livre circulação de pessoas em Gaza.
Gaza é um território pouco maior que o concelho de Aljezur (350 Km2) onde moram quase dois milhões de pessoas sem acesso a medicamentos, sem água, sem alimentação e sofrendo um bombardeamento permanente. O quotidiano do povo palestiniano é de sofrimento com vidas perdidas, famílias destroçadas, habitações e infraestruturas destruidas e território ocupado.
Um verdadeiro inferno para populações indefesas e, continuar a olhar para este conflito, como se de duas partes iguais em confronto se tratasse, é enganarmo-nos sobre a natureza dos acontecimentos.
A União Europeia muito pouco, ou nada tem feito para travar o banho de sangue, continuando a fazer de conta que há dois lados iguais no conflito.
Defendemos uma campanha internacional de sanções, boicote e o isolamento de Israel pela Comunidade Internacional. A imposição de sanções contra Israel, à semelhança do que foi feito contra a Africa do Sul no tempo do Apartheid, é uma obrigação de todas as partes que não aceitem que a segregação seja imposta como regra e que a ocupação ilegal de um país se torne num facto consumado pela supremacia militar.
Os algarvios não podem ficar em silêncio perante a agressão israelita e perante a morte de inocentes, motivo para o nosso firme apelo a todos e a todas que unam a sua voz aos milhões de pessoas que, nos quatro cantos do mundo, se levantam em solidariedade para com o povo Palestiniano – pelo fim ao massacre de Gaza –, exijam o cessar fogo-imediato para o restabelecimento da paz na região.
Faro, 28 de Julho de 2014
A Comissão Coordenadora Distrital do Algarve do Bloco de Esquerda
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