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Bloco denuncia: Alcantarilha em risco de ficar sem cuidados de saúde

O Bloco de Esquerda considera essencial que sejam tomadas medidas que garantam à população de Alcantarilha o acesso aos cuidados de saúde de proximidade de que necessitam e aos quais tem direito. Foto de Nuno Viana.

Cecília Honório e João Semedo questionaram hoje o Ministro da Saúde acerca do possivel encerramento do polo de Alcantarilha do Centro de Saúde de Silves.

Os deputados do Bloco exigem saber se está assegurado o funcionamento deste polo e em que horário. Em caso do efetivo encerramento, exigem saber os motivos.

O Polo de Alcantarilha dá resposta a uma população de mais de 2500 habitantes que residem naquela localidade e, com o seu eventual encerramento, obrigará a população a deslocar-se ao polo de Pêra. Tarefa manifestamente difícil quando se trata de uma população maioritáriamente idosa, com dificuldades de locomoção e numa zona sem oferta de transporte público.

O Bloco de Esquerda considera essencial que sejam tomadas medidas que garantam à população de Alcantarilha o acesso aos cuidados de saúde de proximidade de que necessitam e aos quais tem direito.

Juntamente às questões diretamente relacionadas com o encerramento do polo de Alcantarilha, o Bloco pretende saber quantos profissionais exercem funções no referido polo e quantos julga o Ministério serem adequados à prestação de cuidados de saúde.

O polo de Alcantarilha está integrado na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) de Silves II, que ainda engloba os polos de Algoz, Armação e Tunes. Por sua vez esta UCSP faz parte do Centro de Saúde de Silves (CSS) onde ainda figura a UCSP Silves I, com polos em Pêra, São Bartolomeu de Messines e São Marcos da Serra, e a Unidade de Cuidados na Comunidade Rio Arade. Dada a dimensão do CSS os parlamentares do Bloco pretendem conhecer quantos médicos são necessários para que todos os utentes do CSS venham a ter médico de familia tendo em conta o número total de inscritos.

Com a tónica na precariedade laboral e na possibilidade da existência de trabalhadores a exercerem funções (no Centro de Saúde de Silves) através de contratos de Emprego Inserção (CEI) ou Contrato de Emprego Inserção + (CEI+) questiona ainda o Ministro Paulo Macedo para esta realidade.

Para o Bloco, a cada posto de trabalho terá de corresponder um contrato e um salário. A ideia "radical" foi anunciada pela coordenadora nacional, Catarina Martins, no encerramento do Fórum Socialismo 2014, que decorreu em Évora nos dias 30 e 31 de agosto, e é uma das três batalhas fundamentais em que o Bloco se irá concentrar no próximo ano.

Pode ler aqui a pergunta completa.